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Globalização e Neoliberalismo

O texto de Marx e Engels (1848) sobre a ascensão da burguesia e o nascimento da globalização é bem interessante: O princípio burguês é a expansão de mercado, e logo a produção e venda local não é satisfatória. Essa necessidade de expansão e associação faz com que o que é produzido lá seja mais barato cá, o que é produzido cá é vendido mais barato lá e etc. O desenvolvimento urbano embarca nisso. Ambos “previram” as marcas que o capitalismo deixaria no mundo, que é a globalização que vemos basicamente hoje. 
E como principal consequência, além da grande exploração da mão-de-obra humana, é o grande desnível de riqueza, onde a minoria é muitíssimo rica e a maioria beira e atinge a miséria. 

Pode-se dizer que a pré-história da globalização é marcada pela unificação dos reinos de Portugal e Espanha, diminuindo as barreiras existentes devidos aos feudos. E afinal, a globalização é a quebra de barreiras. Demais pontos a serem relevados são como as revoluções industriais deram um boom na globalização (busca de mercado, comunicação e transporte encurtam o mundo) 
Neste contexto, nasce a ideologia do neoliberalismo. Liberalismo (o dos sécs. XVIII e XIX) consiste na menor intervenção do Estado em questões econômicas. O neoliberalismo das últimas décadas ressalta a expansão capitalista e seus impactos. Políticas que favoreciam as grandes corporações ascenderam na década de 70/80 primeiramente nos States e Reino Unido, espalhando-se para demais países europeus dado o cenário da queda da URSS. 
A mínima intervenção política favorece o livre-mercado, reduz burocracias e impostos e apoia o capitalismo e empresas como um todo, porém com lados ruins. O Estado, no seu lado, diminuiria seus custos com a população através de privatizações, mas com isso também pode vir cortes nos direitos-base, como na saúde, educação, trabalho, segurança, etc. As empresas internacionalmente falando têm facilmente uma oligarquia para si. 
A alta desigualdade social provida pela globalização e o “pouco caso” do Estado para com o povo mediante políticas neoliberais acabam por tornar as pessoas cada vez mais descartáveis, vide o desemprego exacerbado atual. E se a maioria proletária já é vista assim, mal pense em grupos discriminados como negros, LGBTs e as próprias mulheres. 
E pense em guerras e conflitos e suas consequências e misérias. Além do viés religioso, vide conflitos do oriente médio, muito pode-se culpar o espírito capitalista e expansionista. Lembre-se, empresas, apesar de qualquer política de “o cliente tem sempre a razão”, visa o lucro. Quem faz coisas pelo povo são o Estado e companhias sem fins lucrativos. 

Conclusão Minha: Pró Economia x Pró Sociedade 

Como visto, políticas mais voltadas para a economia mascaram muitos defeitos da sociedade. Porém, até estudar isso, eu a via como opção superior às políticas mais conservadoras e sociais. Pensando na situação do Brasil, o que é melhor? Como gerar emprego? Como melhorar a educação? O liberalismo gira a economia mas aumenta a desigualdade social. Políticas mais de esquerda não funcionam por causa da corrupção e o país vive em crise econômica. 
Privatizar ou manter Estatal? O Estado não sabe gerir e as SAs só visam o lucro. 
Eis a questão do milênio: como salvar o mundo? Ou, politicamente correto a parte, pelo menos o Brasil?

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